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O problema da ordem e do progresso

Atualizado: 9 de dez. de 2018

Progresso é impossível no mundo do Darwinismo

Ruse (1995 apud Johnson et al. 2012)


Fig. 01 - Foto de uma das aldeias dos Zo'é, na Amazônia, imagem do projeto "Genesis" Sebastião Salgado / Divulgação

Em fevereiro deste ano, Sebastião Salgado, um dos mais renomados fotógrafos do país, inaugurou junto com a então presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, uma exposição permanente com fotografias de populações indígenas da Amazônia. A belíssima mostra Amazônia fará parte do acervo permanente do STF e resguarda em imagens parte da diversidade cultural do país. Sebastião Salgado, durante a inauguração disse: “Essas populações indígenas representam a pré-história da humanidade, e feliz o país como o nosso que pode conviver com sua pré-história”. Ainda que admire o trabalho e as iniciativas de Sebastião Salgado, vou discordar dele especificamente quanto a esta frase.


 

O pensamento ocidental historicamente organiza a natureza de modo linear, incluindo a própria história humana. Por exemplo, no passado os historiadores europeus dividiram a história ocidental quanto ao seu aparente progresso rumo ao ‘status’ alcançado pela sociedade europeia. A idade do bronze antes do Feudalismo, Roma antes da Era Medieval e assim sucessivamente. A periodização foi uma ferramenta utilizada para ordenar e assim facilitar nosso entendimento da história, e é inegável seu papel nesse sentido. Neste panorama, a escrita, por exemplo, foi considerada uma característica determinante para o desenvolvimento cultural-tecnológico das sociedades humanas. A escrita seria um marco tão importante que dividiria o que chamamos de pré-história da história. Como num jogo de tabuleiro ou de videogame, quem passou de “fase” está à frente do jogo, e os europeus teriam ‘progredido’ mais que outros povos, culminando na própria ‘conquista’ de outros jogadores que haviam ficado ‘pelo começo do jogo’. É seguindo esta forma de pensar que aparentemente levou Sebastião Salgado a colocar no mesmo patamar culturas humanas caçadoras-coletoras da idade do gelo como comparáveis a povos indígenas atuais.

Entretanto, defendo aqui que este entendimento de progresso linear é perigoso, por dois motivos principais, pois, (1) considera a mudança como sinônimo de ‘melhoria’ ou ‘avanço’ sobre a condição anterior, e (2) de que esta mudança segue uma ordem específica, desconsiderando outras possibilidades. Essa visão de progresso linear sobre as culturas e sociedades humanas tem sua correspondente no entendimento da própria evolução biológica por grande parte da população brasileira (e mundial). Este pensamento vincula-se a um entendimento errôneo de como ocorre o processo evolutivo, gerando consequências desastrosas para humanidade no passado – como no chamado Darwinismo social* - e potencialmente para o futuro.


As pessoas em geral apresentam uma tendência a pensar nas mudanças sejam elas quais forem como atreladas ao progresso, seja porque foram assim ensinadas por seus professores (consciente ou inconscientemente), pela própria vivência (por exemplo, a passagem da infância para a vida adulta) ou porque certas faces de nossa cultura parecem evoluir desta forma, como a tecnologia e a ciência (Johnson et al. 2012; Werth, 2012). Para facilitar nossa discussão, pensemos primeiro nas línguas humanas. Ainda que possam evoluir (isto é, mudar) de modo distinto dos seres vivos, as línguas apresentam relações de parentesco e ancestralidade comum, por exemplo: o português, o espanhol e o italiano têm um grau de parentesco maior entre si, e com o já “extinto” latim do que com o sueco. Se compararmos o russo e o inglês (que por sua vez se aproximam respectivamente do polonês e do alemão) veremos diferenças marcantes, diferenças estas que refletem quanto estas línguas estiveram isoladas uma em relação à outra no tempo (e no espaço). Diversos estudos tem mostrado como as línguas evoluem com o tempo, mudando conforme a região onde são faladas, e dando origem muitas vezes a novas línguas - ou, como no caso do latim, sucumbindo à extinção. Hoje, por exemplo, no Brasil mais de 250 línguas e dialetos são falados por povos indígenas, muitos deles com sério risco de desaparecer.


Fig. 02 – Exemplos das diferentes línguas (e alfabetos) humanas.

A formação de diferentes línguas e de distintas espécies, e as evidências de que ambas se desenvolveram por um processo gradual, é um curioso paralelo.

Darwin (1871 apud Venditti & Pagel, 2008)

Agora vamos fazer um exercício rápido, considerando as línguas humanas atuais, qual delas é a melhor?

Qual delas é a superior?

Qual delas é a mais complexa?

Qual delas mudou mais?


Ainda que algumas destas perguntas possam ser respondidas, todos concordamos que elas são no mínimo arbitrárias. As duas primeiras perguntas, em seu cerne, apresentam um julgamento de valor, e, portanto, são tendenciosas quanto a sua conceituação e possível investigação. É melhor em quê? É superior em relação a o quê? Não há objetividade em justificar que, por exemplo, o idioma japonês seja considerado melhor, ou pior, que o norueguês. Diferente não implica em ser melhor ou pior (parafraseando Werth, 2012). Já a terceira e a quarta pergunta, entretanto, podem ser investigadas de modo mais imparcial, desde que se estabeleçam as características a serem analisadas e quais línguas seriam usadas para comparação, por exemplo, comparando-as em relação ao latim, uma língua mais antiga, ou uma língua não diretamente investigada, relativizando a comparação. Ainda que possamos identificar as línguas mais complexas ou que mudaram menos, isso não significa que estas sejam melhores ou superiores que outras em todas suas dimensões.


E este tipo de relação: superior, melhor, mais complexo e “mudou mais” – é muito difundido no entendimento da evolução biológica e da própria história humana, incluindo entre os profissionais destas áreas (Johnson et al. 2012; Rigato & Minelli, 2013). Uma forma de ver a inconsistência desta relação é, por exemplo, se compararmos a sintaxe como parâmetro para avaliar a complexidade. Neste caso, veríamos que o inglês é mais simples que o português, nesta característica. Porém hoje se fala mais inglês que português no mundo. Assim o que podemos entender por ‘sucesso’ de uma língua muitas vezes depende mais de fatores externos, como por exemplo, o contexto ambiental e histórico, do que apenas dos fatores internos. Ou seja, complexidade nem sempre está ligada ao sucesso de uma determinada língua, grupo social ou entidade biológica.


Agora podemos levar este entendimento para a biologia evolutiva, e, também para a evolução das sociedades e culturas humanas. Parte da ‘contaminação’ de nosso entendimento da evolução como uma contínua “melhoria” movida pelo progresso** (quase sempre culminando no homem europeu branco, ou na deidade correspondente), tem relação com a forma que, originalmente, os europeus classificavam os seres vivos e a natureza (Gontier, 2011; Rigato & Millani, 2013). Especialmente sobre influencia da religião cristã, surgiram na Idade Média estratégias de classificações dos seres que, hoje, são conhecidas por “cadeia dos seres” (Fig. 03). A Scala Naturae seria um tipo particular de ‘cadeia dos seres’, já que deixava de ser uma proposta intelectual e passava a ser entendida como um mapa verdadeiro da realidade (Gontier, 2011). É neste contexto que expressões como: “superiores” e “inferiores” têm sentido, já que dispõem os seres vivos em degraus em uma escada, como caixas empilhadas ou como passos de um jogo de tabuleiro (Werth, 2012; Rigato & Millani, 2013). A base da Sistemática dos seres vivos proposta por Linnaeus (meados de 1730) tem origem neste tipo de pensamento.


Fig. 03 – Ilustração de Alonso de Proaza (1512) da ascensão do intelecto formulada por Llull em 1302. Retirada de Gontier (2011).

O problema é que com o desenvolvimento do pensamento evolutivo nas ciências naturais, parte deste pensamento de progresso linear se manteve tanto no campo da pesquisa quanto no ensino da biologia evolutiva. A proposta evolutiva de Darwin-Wallace destacava a ‘descendência com modificação’, ou seja, a ancestralidade comum entre as formas biológicas. Não importa quão adaptado ou diferente fossem os seres vivos atuais, todos eles descendem de um ancestral remoto no tempo. Ainda que Darwin nunca tenha defendido a inexistência de certo progresso na evolução biológica, ele certamente combateu o pensamento de uma evolução linear (Werth, 2012). Veja bem, diferente de Lamarck, que via parte dos grupos atuais como ‘passos’ evolutivos de outros grupos – alinhando-se a uma proposta progressista e mais linear sobre da evolução – Darwin via relações mútuas de parentesco. E é importante destacar este mútuo, pois para Darwin e seus colegas mais empolgados era a chave para rastrear a origem dos seres humanos como parte da natureza, nem mais sobrenatural nem menos que outras espécies. Desse modo, tanto para Darwin quanto para Wallace, o sistema de organização da biodiversidade era artificial, pois não representava o que realmente gerava esta diversidade:


“(...) toda verdadeira classificação é genealógica; que a ancestralidade comum é a conexão escondida em que os naturalistas estiveram inconscientemente procurando, não um plano desconhecido da criação.”

Darwin 1859: 420 (apud Gontier, 2011)


Apesar disso, no começo do que chamamos de Teoria Sintética da Evolução (TSE), entre os anos 50 e 70, os biólogos evolutivos ainda mantinham em seus sistemas de classificações resquícios do progresso linear. Mesmo reconhecendo as relações de parentesco entre os grupos de seres vivos como algo importante, muitos pesquisadores desta época adotavam, segundo eles para a compreensão dos padrões evolutivos, a formação de grupos de seres vivos com distintos ‘graus’ evolutivos, os chamados grados de complexidade. Num programa de pesquisa fortemente adaptacionista, onde a adaptação era o propulsor majoritário da mudança evolutiva, os especialistas da TSE elencavam características tidas como decisivas para o ‘sucesso evolutivo’ de um grupo, as chamadas adaptações-chave.


Assim, diferenciavam entre os seres viventes, graus evolutivos ‘inferiores’ e ‘superiores’, isto é, de certo modo, repaginando o progresso linear ao pensamento evolutivo. Quem nunca pensou em ‘répteis’ atuais como mais inferiores que aves e mamíferos, ou em invertebrados como mais primitivos que vertebrados, ou nas briófitas como um “elo” entre as plantas terrestres e as ‘algas’? Mesmo sob o paradigma proposto por Darwin, algumas ideias de progresso (especialmente o linear) permaneceram no pensamento científico (Johnson et al. 2012). Às vezes sem saber, os biólogos semearam a ideia do progresso e isso ocorre ainda nos dias de hoje (Amorim, 2008; Johnson et al. 2012; Rigato & Millani, 2013).


É neste contexto que a ideia de “elos-perdidos” funciona, por exemplo, quando os répteis (atuais) são tidos como "intermediários" entre anfíbios (atuais) e mamíferos e aves. No ensino básico e médio (e muitas vezes no superior), as aves e os mamíferos são descritos pelas suas características exclusivas, ou seja, não são justificados como intermediários de nenhum outro grupo. Já os anfíbios (atuais) e os répteis (atuais) são relegados a características “intermediárias”, como por exemplo, a dependência e a independência da água para reprodução, respectivamente. O surgimento do ovo aminiótico, considerado um “avanço” frente à ‘conquista’ terrestre em relação aos anfíbios, geralmente é tido como uma característica dos ‘répteis’. Entretanto, tanto répteis, quanto aves e mamíferos colocam ovos amnióticos, sendo esta uma característica provavelmente herdada de seu ancestral comum, que não pertencia a nenhum grupo de répteis atual.


O fato de mencionarmos o ovo amniótico apenas quando começamos a falar de répteis, implica em reforçar a ideia de que eles representam um estágio evolutivo, que já foi suplantado pelas aves e pelos mamíferos. Todos os répteis atuais descendem (em algum ponto) dos mesmos ancestrais que deram origem às aves e aos mamíferos. Ao descrever a biodiversidade de modo ‘ordenado’ (ou supostamente ‘ordenado evolutivamente’) impedimos as pessoas de enxergarem a evolução independente das linhagens como, por exemplo, a dos ‘répteis’ atuais. ‘Répteis’ atuais são completamente distintos dos primeiros amniotas (ancestrais deles e das aves e mamíferos), compreendendo animais secundariamente aquáticos (tartarugas, crocodilianos, serpentes marinhas), fossoriais (anfisbenas e serpentes), escaladores (lagartos e serpentes), planadores (lagartos e serpentes), entre tantas outras disparidades respaldadas por novidades evolutivas únicas.


Retomando o assunto inicial do texto, diversos povos atuais não apresentam escrita própria. Isto não significa que estes povos permaneceram inalterados, como “fósseis-vivos” de sociedades do paleolítico. É inegável que a escrita e o ovo amniótico sejam características que promoveram mudanças evolutivas consideráveis, pois proporcionam às sociedades e aos amniotas oportunidades antes não disponíveis. Porém, não ter a escrita ou o ovo amniótico, não significa estar impedido de inovar ou de sobreviver ao longo do tempo. A ausência de um ‘ovo amniótico’ entre os anfíbios*** não os impediu de ‘conquistar’ o ambiente terrestre. Por exemplo, para muitos dos ‘anfíbios’ atuais a fecundação é interna, ainda que esta condição tenha surgido independentemente em cecílias, salamandras e no sapo de cauda (Ascaphus). Nas cecílias diversas espécies são vivíparas (muitas sem apresentar estágio larval), e em diversas espécies de anuros tropicais a deposição dos ovos não ocorre em corpos d’água e muitos carecem da fase larval (Fig. 04; Vitt & Caldwell, 2009). Ou seja, a evolução não segue uma ordem específica, já que problemas podem ser solucionados com distintas estratégias, vide as salamandras (Axolote) que retêm o estágio larval e nunca deixam a água. Alguns ramos podem perder características outrora “importantes” (Johnson et al., 2012), como as serpentes e as baleias cujos ancestrais tinham quatro membros; ou muitos parasitas, como as tênias que não apresentam sistema digestório, presente em seus parentes de vida livre. Como na evolução das línguas humanas, nem tudo que é mais complexo é melhor, e tudo depende do ambiente em que estes seres estão evoluindo.


Fig. 04 - Exemplos de ‘anfíbios’ não tão anfíbios assim: A) Platymantis hazelae, um anuro tropical em que os filhotes nascem como miniaturas dos adultos (note que os ovos estão fora d’água). Foto: Arkive. B) Diversos filhotes de cecília protegidos pelo indivíduo adulto, em algumas espécies os filhotes se alimentam da parte externa do corpo da mãe. Foto: Alex Kupfer. C) Flectonotus pygmaeus, um anuro ‘marsupial’ em que os ovos são mantidos no dorso. Foto de Mauricio Rivera Correa. D) Outro anuro ‘marsupial’ o Gastrotheca walkeri, com os filhotes emergindo do dorso. Foto de K. H. Jungfer.

Diversas foram às civilizações sem escrita no passado que prosperaram durante séculos, como os diversos povos nórdicos e celtas, os hunos e etc. E o fato de, durante as colonizações europeias (e até hoje), diversos povos na América, África subsaariana e Oceania não apresentarem escrita, mostra que a sobrevivência e a prosperidade de um povo não está atrelada exclusivamente à presença da escrita. Diversas correntes de pensamento propuseram uma visão progressista sobre a evolução da escrita, como a Teoria do Efeito do Alfabeto (Alphabetic Effect Theory ou Alphabetic Literacy Theory), que atribui ao surgimento do alfabeto na Grécia o desenvolvimento do pensamento abstrato, da ciência, matemática, democracia e etc (Grosswiler, 2004). Grosswiler (2004) faz uma crítica a esta visão, defendendo-a como etnocêntrica e progressista****, o que não significa que o alfabeto não seja crucial para explicar o sucesso de muitos povos (ou o aprimoramento destas áreas de conhecimento humano), mas que sua ausência não deve ser entendida como um impedimento de sucesso ou desenvolvimento humano. Ou seja, ter ou não certa característica tida como importante em um grupo (de línguas, sociedades ou espécies) não significa estar preso no começo do jogo, já que não existe apenas um caminho no tabuleiro a ser trilhado.


Sendo assim, não há qualquer possibilidade dos povos indígenas atuais da Amazônia representarem, em todos seus aspectos, nem como eram as primeiras comunidades humanas, nem como eram aquelas que chegaram à Amazônia pela primeira vez. Isto não é tentar relativizar ou ser politicamente correto, é entender como os processos naturais moldam os sistemas biológicos e humanos ao longo do tempo e do espaço – sem ordem ou progresso necessariamente.


Voltaire Dutra Paes Neto

Agradeço aos revisores deste texto, Leonardo A. Luvison, Lucas O. Paes e Natália D. Vargas pelas sugestões que aprimoraram a escrita e reflexão sobre o tema.


*Não é intuito do texto discutir o Darwinismo social, apenas deixar claro que nem para Darwin, nem para qualquer biólogo evolutivo a evolução (biológica ou sócio-cultural) opera de modo 100% progressivo. E, além disso, o entendimento da evolução não pode ser utilizado para justificar atos que infrinjam os direitos humanos, especialmente no caso do Darwinismo social.

** Ainda que a palavra progresso aqui esteja, em geral, restrita ao chamado progresso linear, não necessariamente esta é a única maneira de se entender o progresso. Muitos autores sugerem que, ainda que o progresso linear não exista na evolução biológia (e cultural humana), podemos estabelecer que alguns sistemas evolutivos apresentam sim mudanças progressivas, vamos discutir eles futuramente.

*** Aqui o grupo ‘anfíbia’ (Amphibia) inclui tanto os grupos atuais de anfíbios (Lissamphibia) quanto os fósseis mais proximamente relacionados a eles que a outros Tetrapoda, o que chamamos de stem-Lissamphibia. O clado apropriado poderia ser o dos Temnospondyli, que incluiria tanto os Lissamphibia atuais quanto estes stem-Lissamphibia.

**** Não sou especialista nas três áreas das ciências humanas que discuti aqui, mas meu intuito é mostrar que o pensamento progressista está impregnado em diversas áreas de conhecimento. Até onde investiguei tanto na história, linguística e comunicação à ideia do progresso, como linear e de “melhoria” não são inteiramente compatíveis com os dados.

Referências:

AMORIM, D.S. Paradigmas pré-evolucionistas, espécies ancestrais e o ensino de zoologia e botânica. Ciência & Ambiente, v.36, 2008.

Gontier, N. Depicting the Tree of Life: the Philosophical and Historical Roots of Evolutionary Tree Diagrams. Evolution: Education and Outreach 2011 4:355

Grosswiler, P. Dispelling the Alphabet Effect. Canadian Journal of Communication, Vol. 29. N. 2.

Johnson, N. A.; Lahti, D. C.; Blumstein, D. T. Combating the Assumption of Evolutionary Progress: Lessons from the Decay and Loss of Traits. Evolution: Education and Outreach 2012 5:128-138

Rigato, E.; Minelli, A. The great chain of being is still here. Evolution: Education and Outreach 2013 6:18

Venditti, C.; Pagel, M. Speciation and Bursts of Evolution Evolution: Education and Outreach 2008 1:274-280

Vitt, L. J.; Caldwell, J. P. Herpetology An Introductory Biology of Amphibians and Reptiles. Third Edition. Elsevier. 2009.


Sites:

Imagem da capa: https://mycroft.ai/blog/languages-are-hard/

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